sábado, 30 de abril de 2011

AVALIAÇÃO


“ Professor nenhum é dono de sua prática se não tem em mãos, a reflexão sobre a mesma. Não existe ato de reflexão, que não nos leve a constatações, dúvidas e descobertas e , portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo” Madalena Freire

DICA:



1 - Tenha sempre em mãos, um caderno que funcionará como "anedotário", não conte apenas com suas lembranças, pois esquecemos de detalhes.



2- Leia, entenda e reflita sobre as fases do desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita, do desenho, etc... pois, para avaliar é preciso entender como estes processos funcionam e como a criança elabora seu pensamento, do contrário, podemos fazer uma análise equivocada.



ALGUNS ITENS PARA COLOCAR NO ANEDOTÁRIO



Novidade
Participação
Interação
Autonomia
Preferências
Colaboração
Característica
Como se comporta nas atividades
Como se relaciona com colegas/educadora
No que se destaca ( no pátio, na dança, nas atividades matemáticas, ativ. De linguagem, nas atividades artísticas ou musicais etc...)


1.Como chega à escola?
2.Como se adapta ao ambiente?
3.Como se alimenta?
4.Como brinca?
5.Como se relaciona: colegas/educadora
6.Como está se movendo?
7.Como se comunica?
8.Atende as solicitações da educadora?(guarda-guarda)
9.O que faz quando contrariado?
10.Identidade:Reconhece os colegas?
11.Se identifica pelo nome,sua imagem no espelho?
12.Gosta dos colegas e os identifica?
13.Tem capacidade de resolver conflitos e tomar iniciativas?
14.É crítica e criativa?Curiosa e inventiva?
15.É participativa e cooperativa?

E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:

· De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.

· De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco .

· De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos

· De 5 a 6 anos
os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

· De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.

Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porém, lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajuda-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.


FONTE: http://www.cantinhodaeducacaoinfantil.com.br

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